domingo, 27 de dezembro de 2009

Mandi ensaboado


Imagine um peixe sem escamas por natureza, não que você tenha tido o trabalho de retira-las. Liso. Ensaboe-o. Ou se quiser, passe uma camada de óleo por toda a sua superfície. Agora tente pegar firmemente com suas mãos. Conseguiu? Se você não conseguiu, parabéns, você acabou de provar na prática o que é a expressão "bagre ensaboado". Se conseguiu, também te dou meus parabéns, pois a situação é embaraçosa e vossa senhoria com certeza está abraçado com o peixe, para que ele não escorregue de vez.

A nossa querida expressão se remete a justamente isso: ser liso, ligeiro diante de alguma situação. Escapar facilmente ante às imtempéries apresentadas ao indivíduo em si.

Apesar do linguajar lexicográfico, a situação é essa: escapou rapidinho? Bagrão ensaboado! Prometeu e convenceu? É bagre! Tu escapou meu caro! Merece o título!

Enfim, estou cá para falar dessas escapadelas que estamos tão preparados para "passar por" e para testemunhar. E não estamos tão longe de uma situação dessa. Principalmente quando vários representantes do mundo se encontram para discutir problemas ambientais e coisas do gênero. Aquele lance todo de Gás Carbônico e tal... aquecimento global... coisas as quais sabemos que está acontecendo, estamos acostumando, percebemos em nossas peles que algo está ocorrendo, mas não queremos acreditar que ocorre.

Pois bem, lá está o nosso querido peixe, nadando pelas superfícies de Copenhage. E dou a licença poética ao me querido bagre, pois esse é africano e desde que eu me conheça por gente, ninguém nada em superfícies sólidas, rasteja. E é resistente fora d'água.

Pois nosso querido bagre,carregando em suas guelras seu sabonete dove, que é pra não ressecar a pele como um sabonete comum, passou o mesmo pelo seu liso corpo e de imediato pulo no colo do presidente dos Estados Unidos da América, Sr. Barack Obama. 

E não é que ele gostou do Mr. President? Ficou se esfregando durante o discurso e paulatinamente nosso querido chordata nadador passou pela suas mãos e lá ele fez seu salto mortal e significativo: saiu voando como nenhum pássaro faria, mas como qualquer bagre bem betumado faria.

É bem disso que eu estou falando: Mr. Obama não defendeu nenhuma posição quanto à meta para redução de emissão de Gás Carbônico. Falou, falou e não fixou meta nenhuma. Viva o bagre!

E não é diferente aqui na terra em que bagre tem de monte, e quando é tem muitas semelhanças ao africano, canta e tem ferrões venenosos. Chamam costumeiramente de mandi. E não diferente, estamos em um país de pronta pescaria, em que nosso querido mandi ( pra ser um pouco tupininquim) anda pulando nos colos de várias pessoas.


E por que não falar que nosso mandi esteve em colos cinematográficos? É. Ele foi dar uma nadada por entre os set de filmagem do filme Lula, o filho do Brasil e lá passou de mão em mão. E por que não ser tupiniquim de novo e aproveitar que nosso queridíssimo mandi utilizou-se de sabão de coco para dar um duplo-salto-carpado-ao-molho-tártaro?

Pois foi nosso querido animal e pulou no colo do diretor, do presidente e de vários políticos. Quando diziam: Não é por que estamos entrando em ano eleitoral que lançamos o filme, lá vai o mandi pro chão, com a rapidez que a gravidade auxiliada pelas falhas palmas das mãos  não agarram nosso bichinho. Vai mandi!

De um lado, nosso querido Obama tem um bagre que pulula em seus dedos em questão de um mercado financeiro qe observa atentamente o que ele falaria: reduziu o Gás Carbônico, é diminuir a economia do país. Diminuir a economia americana é perder espaços para a ecnomia chinesa. PERDER PARA A CHINA? MÁ NEM DEFECANDO!

O bagre ensaboado pesa na consciência política por mais que se queira fazer modificações. Impôr condições econômicas é praticamente uma situação que não cabe à uma pessoa, mas ao sistema todo, cuja rede está mediada por reduções ou aumentos. E chaminés e avanço industrial, neste caso, estão diretamente ligadas: cresceu um deles, cresce o outro por consequência.

E não é diferente por cá: por que não falarmos que tudo o que tem acontecido não é nossa culpa? Talvez eu ter citado o caso do filme do Herr Prrrrrrresident foi algo ameno, mas estamos cansados de escândalos que terminam em pizza. Ué, por que não esconder tudo não é mesmo? Nossa rede é um pouco mais escandalosa. O sistema que segura todas as informações com certeza vem segurando coisas que estão há tempos acontecendo dentro da política brasileira, costumes dos corredores das salas do planalto central, que qando reveladada, é esquisita. Mas é costumeira. E pra dizer que não é errado,basta dar aquela escapadela e justificar com palavras que não respondem nada.

Dois sistemas: a economia global, que avança e não quer recuar, e a política que favorece os pouquíssimos e escolhidos do povo. Duas espécies de bagre, que nadam, nadam, sem parar. E continuam insistindo em nadar. E a pular em colos e braços muito bem preparados e medrosos de perder seus poderes.

Viva o bagre! Viva o sabão! Viva a doce união entre ambos!  

domingo, 20 de dezembro de 2009

Monumentos humanos

É normal que quando somos perguntados sobre alguns monumentos, lembremos de imediato de um ou outro: Assim que nos perguntam da Torre Eiffel, lembramos de Paris, da França. As pirâmides, do Egito, de seus mistérios. Cristo Redentor: Brasil. É uma atividade mecânica e natural, pois está bem guardada em nossas memórias. Também dera: o tamanho ajuda né?

Enfim, nos lembramos do monumento em si. Óbvio, nos cansaria ter que lembrar como foi feito, mas ainda é uma das coisas que mais intriga os historiadores de plantão: como ergueram-se as pirâmides? Eram os deuses astronautas?

O monumento por si só está lá. Monumental. Aparecido que só. Grande. Todo mundo vendo. Esplendoroso.

Mas aí que vem minha inquietação: O que seria dessa grandiosa lembrança a torre eiffel não estivesse sobre um solo francês? Ou das pirâmides se não fosse testemunha do seu antigo povo? Ou de Petra com suas detalhadas colunas?

Nos lembramos o que é, mas não lembramos o porquê. A humanidade ergue monumentos grandiosos para lembrar cada vez mais algo marcante naquele momento social. A torre eiffel fora levantada como comemoração e foi considarada pelos franceses uma aberração arquitetônica no início do século XX. Mas está lá como um dos maiores símbolos monumentais.

Mas o monumento por si só não diz nada do seu povo. Não fala dos feitos, ele aparece. Fica ali, grande. Alguns arquitetos podem discordar de mim, mas, a grande questão que tenho é: a grandiosidade está no solo, no povo, ou no monumento?

Somos egoístas e adoramos símbolos - eles representam a pureza e a grandiosidade de cada um, mas não conta a história de cada um - está simplesmente lá, como um marco territorial, como um signo daquele país.

Preferimos os símbolos, os grandes feitos, mas esquecemos que quem o fez ou de quem ele o simboliza. A França seria tão grandiosa como um país se só tivesse o Arco do triunfo e ninguém mais? Só o templo de Karnak e mais nada?


Esquecemos do povo. Esquecemos de quem está abaixo dos grandes monumentos. Dessas meras formiguinhas que fazem nossa sociedade andar, caminhar ou ficar como está. Preferimos os monumentos deixados, admirar a beleza que resplandece em cada um, e esquecer do que está rolando.

Tomemos como exemplo um monumento simbólico religioso em território brasileiro: A Catedral de Maringá. Cartão postal da cidade. Simbolo da grandiosidade e da beleza contida nesta cidade planejada. Belíssima. Porém, para que tanta beleza, se sua grandiosidade não fosse o reforço espiritual daqueles que procuram conforto? Se ela não fosse um marco para os maringaenses da lembrança eterna da presença visual da Igreja Católica na cidade ( visto que ela é praticamente visível de qualquer parte da cidade) com toda sua imponência? Seria algo grande e bem visível.

O que seria da catedral se não fosse construída por homens e para os homens? Apenas um monumento grande.

Duvidamos da capacidade matemática dos egípcios nas construções das pirâmides. Perto do que acontece hoje em Dubai, o Egito está no chinelo. Mas subestimamos tanto a humanidade que podemos ainda atribuir o feito da beleza das pirâmides aos extraterrestres. Para alguns, o homem não seria capaz, quando o homem egípcio era muito mais inteligente do que imaginamos.

Trocando em miúdos, insistimos nas coisas grandes, belas e magníficas mas não observamos para quem foi feito. Não nos atrai os feitos dos franceses que cruzam e passam a trabalho em todo o território francês. Gostamos das pirâmides egípcias, mas fechamos os olhos para os problemas sociais que sofrem os egípcios. Gostamos do Cristo Redentor mas não gostamos das balas perdidas. Adoramos erguer estádios novos para as olimpíadas, mas o povo não está nem um pouco satisfeito com suas condições sociais.

Gostamos do monumento em si. Somos covardes para com a História. Somos covardes com os humanos que mudam com o tempo e fazem a nação ali mudar. Há algo sempre diferente acontecendo no solo francês, egípcio ou romano. Mas o monumento não muda. Tá lá.

Gostamos da grandiosidade arquitetônica, enquanto a verdadeira grandiosidade está nas mãos dos homens. Que mudam dia após dia. Que se modificam. Enquanto deixamos de ver os grandes monumentos como grandes marcos. Enquanto eles podem ser uma inspiração da grandiosidade da humanidade - de onde o homem pode chegar. Mas preferimos a beleza.

Enquanto admiramos os grandes monumentos, ainda estamos amarrados em nossa mediocridade. Só aprenderemos a grandiosidade humana quando voltarmos os olhos para os humanos, e pensar que o homem é mais capaz do que se imagina. E os verdadeiros monumentos estão vivos, convivem, atuam e são mais importantes do que imaginamos. Enquanto os monumentos arquitetônicos são apenas símbolos.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Demagogia contemporânea

Quando falamos do termo demagogia, estamos falando de um termo que vem do grego que ao pé da letra significa "condução do povo". Isso é consequência direta da prática tão existente na Ágora, em que os discursos entre os cidadãos (homens livres) atenienses, o como seria conduzido os problemas internos e externos desta distinta cidade.


No auge do Século de Péricles, quando a Democracia, ou grosso modo "governo do povo" era a prática em que em Atenas, todos os homens livres poderiam participar da vida política, julgando assim que o indivíduo poderia participar na Ágora, local dos debates democráticos, de dois modos: ouvindo sobre as principais discussões ou proferindo sobre suas idéias acerca dos assuntos debatidos.

Eis que o indivíduo, ao participar do debate em si, tornando suas idéias verbalizadas, não poderia trazer qualquer tipo de ideia: o indivíduo deveria apresentar um discurso convincente o suficiente para que todos pudessem debater calorosamente. Do contrário, apenas mais um falando.

Por isso que uma das atividades mais importantes, além do discurso na ágora, era o indivíduo refletir sobre o que seriadito: eis que o otium ou ócio era necessário: um momento para que eu possa refltir sobre o que é necessário falar ou não.

Misturando tudo: O indivíduo, se homem e livre, podia participar das discussões, que se fosse utilizar da palavra, que procurasse fazer da melhor forma possível, sendo nesserário ser pensamentos importantes para a discussão - dessa forma, Atenas poderia ser conduzia, por meio das decisões dos homens que ali viviam.

Porém, hoje, vemos que as coisas não mudaram muito. QUando ligamos nossos televisores nos momentos mais decisivos da vida política de muita gente que tem por aqui,no planeta terra, vemos a quantidade de discursos que são literalmente pensados para convencer não só a homens, mas também a mulheres e idosos, cuja a participação democrática é bem maior do que a nossa Atenas antiga.




Alguns tem alguns segundos, outros um pouco mais: mas na propaganda eleitoral gratuíta, engraçada ou não, é a evidência da utilização do discurso para poder conduzir ( ou não) o povo.

Demagogia na Grécia antiga era o exercício da condução do povo - hoje é o exercício do blá-blá-blá, ou seja, o antigo demagogo conduzia o povo, o atual, só fala e fala  fala e...

Mas ainda o disrcurso tem poder - é com ele que se pode convencer o povo a tomar determinadas atitudes perante a urna eletrônica e tocar o Brasil pra frente (ou não). Por mais que tenhamos o significado original do termo demagogia modificado, falar ainda é importante. Precisamos convencer de algum modo, não é mesmo?

Querendo ou não, damos ainda força ao discurso - é ele quem tem o poder perante a massa popular de conduzir. Agora se vai fazer é outros quinhentos.

Trocando em miúdos, se na Atenas democrática, o discurso convencia, hoje ainda não é tão diferente: permanecemos com nossos ouvidos bem abertos e acreditando ou não no que nos é passado. Ainda somos convencidos pela fala do locutor, e como intelocutores, julgamos positiva ou não a fala - e votamos.

Quem dera o problema fosse do Brasil, mas em 1 ano de governo do nosso queido Barack Obama, fomos capazes de perceber que seu discurso convenceu e lhe atribuiu um riquíssimo prêmio Nobel, por trazer esperança ao povo do mundo ( quiçá de outros planetas né?).

Ainda somos tardios ao acreditar que em 1 ano, a paz está instaurada e o prêmio Nobel pode ser atribuído à um discurso bonito à uma prática em período inicial - por trás de tudo, a demagogia contemporânea prevalece - a de falar sem fazer, a de convencer. E isso nos traz a insegurança de que o Prêmio Nobel não é mais escolhido respeitosamente.

Se hoje demagogia é falar demais e não fazer nada, acreditar nos discursos e dar continuidade a políticas estranhas é provar que a demagogia é um discurso que conduz o povo, ou seja, no dicionário mudou e não mudou nada na prática.

Ainda somos uma população que foge da análise das atitudes e procura bonitos discursos. Falar é o suficiente. O discurso, por mais que digamos que não, funciona como a última abertura da caixa de Pandora, que deixa a esperança voar por entre os povos. Pena que na mitologia, a caixa permanece fechada menos as bocas, que com belas palavras, conduzem o povo. E do mundo inteiro, viu?

domingo, 6 de dezembro de 2009

Medievalismo contemporâneo

Como bons brasileiros, já estamos em espectativa para o final de ano. Amigo secreto, e outro, e outro e...

Amigo secreto é a coisa mais legal do mundo: todo mundo troca presentes, não ganha o que queria e ainda temos a cara-de-pau de fazer cara de "gostei"! Tá valendo!

Fora a festa em si que marca o final de ano, não podemos nos esquecer das gloriosas festas de despedida que estamos tão acostumados a fazer: a festa que encerra ou fecha o ano, em que ninguém bebe nem come nem fala besteira. E eu nem fui irônico.

É uma cadeia de rituais importantes para que possamos finalizar o ano. Independente das religiões, realizamos essas séries de eventos como um marco de passagem de tudo que aconteceu, como coisas boas e ruins.

Não seria diferente se recordássemos dos nossos queridos colegas medievais, cuja perspectiva de ano a ano era o famoso "mito do eterno retorno". É mais ou menos o seguinte: cada ano tem uma continuidade de plantios e estações os quais voltarão a acontecer no ano seguinte - logo, um mesmo ano retornará a funcionar com talvez o mesmo padrão climatológico.

Passaram-se anos e anos e a idéia permanece. Chegamos aos finais de anos e fazemos festas para que tudo retorne em paz. Ou melhor! Fazemos essas festas e saímos felizes e contentes distribuindo "boas festas", "feliz ano novo" e coisas do gênero. Até que chega o dia 31, procuramos saber quem foi quem ganhou a corrida de São Silvestre e dali para frente é só preparar o fígado que lá vem rojão e bebida e felicidade e lágrima e...

Dia 1º de janeiro é um dos dias mais entediados. Podemos até continuar a festa do dia 31, mas depois do dia 1 vem o dia 2... Paciência, é só ligar a televisão que veremos a preocupação de nossos queridos repórteres em dizer que as estradas estão lotadas, congestionadas. Mas pra que ficarmos nervosos? A globo já anuncia a partir da virada a nova dança da mulata Globeleza! Pronto! Fiquemos felizes! O carnaval já vem!

Depois vem os festejos da Páscoa para os judaicos-cristãos e para os cristãos as festas juninas. E depois aquilo tudo que a gente já sabe.

Na verdade trabalhamos com dois calendários: o medieval e o nosso, contemporâneo. O medieval é aquele que funciona escatologicamente - tudo pende para um final e um recomeço. Tudo começa no gênesis e termina no "amém" do apocalipse. Ou, para moldarmos grosseiramente, terminamos o ano com a esperança do nascimento do menino Jesus e logo nos primeiros meses do ano, as comemorações da morte surgem, para que ele ressussite e renasça no final do ano. E assim podemos marcar nossos ciclos de plantios e de climas, pois não podemos nos esquecer que a Idade Média dos séculos IX e XIII são marcados pela fortaleza do mundo feudal ruralista e fortemente infuenciado pela cristandade. E o ciclo é intermitente, até que o apocalipse chegue (uia!).

Fora as datas cíclicas, não podemos deixar de pensar na nossa escatologia: os bimestres escolares, os ciclos de vendas divididos em semestres e para todo mundo, o ano sendo encerrado e pronto. Esperemos o ano que vem chega e estamos prontos para o novo ano cíclico. E não é diferente para os agricultores e para os grandes empresários.

O nosso calendário contemporâneo, é aquele não gostamos de jeito nenhum. É aquele que nos recorda que tudo não passa de um gigantesco ciclo que não tem início definido e também não tem fim definido, apesarmos de sermos imortais. É aquele que nos dá um friozinho na barriga quando alguém nos diz: Janeiro é mês que vem. E o ciclo de meses e datas são meras formalidades que se modificam pelos ciclos climatológicos. Mas que são contínuos e não tem fim. Alguém sabe quando os dias deixarão de ser dias, apesar do domingo não ser um dia de trabalho ou de segunda-feira ser tão chato? Os dias serão dias como qualquer outro ou assim continuará enquanto a rotação da terra não mudar ou coisa que o valha.

Dos dois, ainda somos medievais o suficiente para acreditarmos que tudo no ano que vem será melhor, e deixamos de pensar que podemos continuar sendo melhores dia após dia, independente das formalidades numéricas.

O calendário contemporâneo é chato e muito realista. O medievo prevalece. preferimos esperar que o ciclo 2009 está acabando e estamos comemorando nossas conquistas para que chegue o ano de 2010. E o ano de 2010 não tem um mês que vem, e sim, o mês do ano novo.

Somos escatológicos, gostamos das coisas com início, meio e fim. Continuidade cansa a qualquer ser humano, apesar da escatologia ser contínua, as festas serem basicamente as mesmas. Mas insistimos que são diferentes. O número é outro. O ano é outro. Somos ainda medievais.