Não data que mais assuste qualquer proletariado do que o final do mês. Visto que a maioria da população tem o recebimento salarial por volta das primeiras semanas. Há quem receba para o final do mês. Porém, mesmo assim, sempre se programa para fazer os pagamentos de contas para o início do próximo.
E já que as contas nos comandam, acabamos nos regulando pelo resto que nos sobra. Para o divertimento, para as compras e para o que quiser.
Mas o final do mês...
Ele vem e nos deixa curiosos das possibilidades. Da possibilidade de sair em um sábado a noite, de poder gastar um pouco mais e de fazer o que vier na telha. Mas trazer a possibilidade não significa poder fazer.
Temos que ter a paciência e olhar para nossas contas e carteiras e observar pacientemente as 24 horas de cada da um dos últimos dias do mês para que chegue o começo do próximo. Mas mesmo assim, esses dias finais são crueis e suficientemente massacrantes.
Olhar pra carteira e pensar em sair machuca. Olhar pra carteira e querer cometer um exagero também. Mas nada como um bom cartão de crédito que salva todas a situações. E tornam a conta do próximo mês mais recheadas.
Sofrimentos e apertos a parte, nada como um momento de reflexão. Nem tudo na vida da gente é realmente necessário que façamos o de sempre. Podemos improvisar e realizar algo mais simples e tão significativo.
Também é a oportunidade do descanso. De dizer não à balbúrdia e procurar um recanto pessoal. De usar para si um momento. Deixar para lá os outros.
O final do mês é mais necessário do que imaginamos. Nos dá a oportunidade de imaginarmos nossas formas de mudar essa stuação e talvez ganhar mais. De descansar. De revisar as foras de gasto e tentar um equilíbrio para todo o restante do mês. Mais benéfico do que imaginamos.
Mas vá dizer isso pro inconsciente? Achamos o final do mês cruel. Massacrante. Obscuro. Sangrento.
Ele não é sangrento. Nós que o sangramos, 12 vezes por ano. Enquanto lá está ele, quieto. Moribundo. A esperar os próximos 30 ou 31 dias. Sem divisão monetária.
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