quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tuvalus

Muitas pessoas acreditam que nós seres humanos estejamos totalmente distantes da natureza. Erra bruscamente ao imaginar que as cidades não fazem parte disto tudo. Aliás, vivemos incessantes reações da natureza.

Exemplo disso é uma região em nosso planeta Terra denominado Tuvalu. Cerca de 26km² com uma altitude imensa de 7 metros a contar da margem do mar, faz com que esta seja uma das situações em que nos faz lembrar de nossa pobre sobrevivência animal.

Paradisíaca e turística, a população de Tuvalu exige uma posição por parte de todas as organizações e governos espalhados pelo mundo. Simples e prático: quanto mais rápido ocorrerem os derretimentos das porções de gelo nos pólos de nosso levemente ovalado planeta,  Tuvalu será a primeira a testemunhar a invasão das águas. Sua altitude é insignificante perto das proporções gigantescas que os países continentais possuem, e suas altitudes montanhescas.

Cá estamos no nosso Brasil varonil, em que vivemos dia após dia um cotidiano reclamável e sofrido por boa parte da população que vive as misérias condições. Simples: o movimento está em observarmos que, enquanto a população em si passa a enriquecer e a pensar cada vez mais em seu próprio umbigo, o outro é deixado de lado.

Talvez poucos sejam os que se preocupem com o crescimento cultural e intelectual da camada mais pobre da população. Mas a situação é: enquanto poucos tem acesso a excelente saúde e alimentação, muitos são aqueles que passam pelo inverso. E perguntem-se: esses "poucos" estão se preocupando com os muitos?

Juntemos as duas coisas: Tuvalu é um arquipélago, cujo apelo é negado por vários países. Eles crescem, desenvolvem-se e emitem o quanto quiserem de gás carbônico na atmosfera. Quem sofre? Tuvalu, óbvio.

A população pobre também é tão cidadã quanto qualquer indivíduo sobre o solo brasileiro. Porém, com o desenvolvimento de muitos, qual a necessidade de que aqueles que estão lá embaixo tenham do bom  e do melhor?

Os chamados pequenos, são os grandes reveladores de que algo está errado, mas muitos não querem enxergar.

Os turistas, ávidos pelas ilhas paradisíacas, querem gastar seus dólares em viagens para passar momentos inimagináveis proporcionados pela mamãe natureza. Políticos ávidos pelo poder, gritam para a massa populacional que querem voto, em nome de melhorias sociais.

A população, aos políticos, prestam para votar e nada mais. Tuvalu, presta para divertir turistas, independente do sofrimento de sua população. Para que se preocupar com Tuvalu, se temos mais de 7000 metros no mundo para contemplar? Para que se preocupar com os pobres, se eles são os agentes do enriquecimento da população rica, por meio do sofrimento em trabalhos braçais e penosos ( e por que não dizer também sobre os pagamentos de impostos?).

Dois termômetros bem na cada de todos. Não olha quem vive por cima e não sofre. E que acredita que não fazemos parte de uma natureza contínua, em progresso/ regresso.

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