Vivemos em um mundo de instabilidades. Óbvio, ninguém sabe o que ocorrerá no dia de amanhã, a não ser que, cientificamente, prove-se que a astrologia e o tarot funcionam. Do contrário, o mundo é um mar de aleatoriedades e sentimentos diversos.
Vivemos compartilhando ideias e sentimentos. E para cada sentimento, temos uma reação, que acreditamos se própria para o momento.
É por isso que na antiga Grécia, nas famosas peças teatrais, era comum que no coro ou mesmo que os artistas compartilhassem de máscaras para demonstrar os sentimentos daquele exato momento. E hoje, este é o símbolo do teatro, mundialmente reconhecido.
Quem dera as máscaras fossem apenas utilizadas por artistas. Vivemos em um mundo de máscaras. Em um mar de trocas constantes e de emoções modificadas segundo após segundo.
Viver máscaras é um tanto quanto pesado. Agir de um jeito diante de uma pessoa, e agir de outro com outra exige energia. Porém, aos artistas, cabe o momento da sobrevivência como uma profissão.
Para o artista, vestir a máscara significa atuar tal qual o momento da peça ou filme ou novela ou... é a profissão. Do contrário, a ausência de mudanças significa uma ausência de emoções. E ausência de emoções - ausência de profissionalismo, e quem sabe, um pouco mais de experiência.
A energia do artista, dependendo da situação, é direcionada momentaneamente para a atuação. Do contrário, viver um personagem eternamente é motivo de horas de análise. Quem sabe alguns ansiolíticos.
Em nossa sociedade, as máscaras mudam constantemente. O gasto energético é diário. Não vemos nem percebemos. Seria um caso de analisar caso a caso. Mas não somos psicólogos para tudo.
Quem dera pudéssemos ser artistas e vestir máscaras momentaneamente, tirar e ir embora. Vemos mudar a todo o tempo. E caímos em abismos ou até subimos em montanhas por sentimentos alheios. Quando no fundo, tudo era uma simples máscara, que cairia a qualquer momento.
Temos uma máscara, que é nossa, que cabe direitinho em todos os músculos e ossos que formam o nosso rosto. Porém, nos sentimos incomodados e acreditamos que tudo isso é bom. Até quando?
Até quando viver algo que não é seu é bom? Até quando fazer que o outro se sinta bem é positivo? Até quando devemos não revelar o que há por trás das máscaras e provar a verdadeira positividade, do que ter falsos sentimentos?
Quem dera valorizássemos a nossa máscara, e saber que o nosso positivo, é mais positivo do que a máscara que muitas vezes, carregamos. Não somos artistas. Não somos psicólogos. Mas podemos ser nós mesmos.
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