De longe parecem tão fofas e tão belas. Com o fundo azul seus formatos ficam destacados.
Esparsas parecem fracas, breves manchas espalhadas ao longo de uma imensidão azul. Lentas, carregadas pelo vento. Conforme o tempo. Conforme o sopro.
Olhamos de cima pra baixo. Olhamos como uma criança observa seus pais, gigantes que ocupam o universo. Vemos o lado de baixo de cada um das nuvens. Tanto lentas quando rápidas, como fofas e algodoadas, vemos de baixo.
E se víssemos na mesma altura, no limiar que a faz ser nuvem?
As nuvens são escuras. Brancas, Espalham-se concentradas. Fortes, muitas delas tenebrosas. A alva formação de águas escurece. Torna-se cinza. Em relação ao horizonte, se olharmos para a parte de baixo da nuvem, forma uma imensidão de cinzas. De potencial de chuva. De tempestade.
De baixo tão apaixonante, ao mesmo nível tão espessa.
As nuvens acabam escondendo sua força total. De baixo nada disso aparece. No mesmo nível elas concebem uma beleza inquietante. Tão avolumadas e dispersas, nunca demonstram turbulências. Em pé de igualdade, raios e trovões escondem-se para um momento oportuno.
Na graciosidade das nuvens esconde-se o tumulto das tempestades. Só não queremos vê-las.
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