Observe um gato. Verifique o quanto eles se preocupam com a vida.
Eis a situação - deitado, o mesmo fica deitado pelo menos 90% do tempo de sua vida. Observando tudo o que passa, ou dormindo.
Se acontece alguma coisa, o gato apenas se importa com aquilo que realmente lhe importa. O que não é necessário, fica de lado, ou fica apenas com uma leve observação. E olhe lá.
Se ele se levanta, é apenas em sua necessidade. Age ou reage pela quantidade de necessidades. Não é necessário, nem se levanta.
Tudo bem que qualquer gato não deixa de ter sua característica interesseira de se aproximar pelo interesse de obter comida ou um pouco de carinho. E logo retorna a sua rotina tranquila.
Nós seres humanos não somos gatos, óbvio. Porém é de se pensar algo que eles fazem. Reagem quando é realmente necessário ou observam ou se importam com aquilo que lhe interesse.
Nos interessamos por demais com o que o outro pensa ou faz. O "outro" é dado como uma das importâncias dentro de uma decisão. A análise das situações muitas vezes necessita do outro.
Não procuramos a nós mesmos. Não buscamos nossos pensamentos e opiniões. E o outro acaba sendo mais importante.
Acredito piamente que deveríamos reagir como gatos. Observar cada vez mais a nossa própria necessidade, importar com aquilo que é realmente necessário e cuidarmos cada vez mais de nossas necessidades. O outro recebe muita importância sem precisar.
Observar cada vez mais a nós mesmos é difícil. Parar de pensar no que o outro vai fazer ou pensar, é um exercício necessário. Deitar tranquilamente sem dor na consciência do que o outro vai pensar relaxa qualquer ser humano.
Agora, a arrogância com a qual os gatos possuem, é problema de cada um.